Entendendo o sistema creatina fosfato (ou fosfocreatina)
- Gleisson Alisson Pereira de Brito
- 18 de fev.
- 1 min de leitura

Fosfocreatina: A reserva energética
O corpo possuí uma quantidade limitada de ATP (80 a 100g). Portanto, precisa ressintetizá-lo continuamente conforme o uso. Para termos uma ideia, a transferência de energia aumenta em 4x quando saímos da posição sentada, para uma caminhada. Isso exige uma resposta rápida dos sistemas de ressíntese de ATP.
Os ácidos-graxos e a glicose constituem as maiores fontes de energia para a ressíntese do ATP. Contudo, as células também ressintetizam o ATP obtendo o grupamento fosfato a partir de uma outra molécula, a creatina fosfato (ou fosfocreatina), abreviada como PCr.
A PCr, assim como o ATP, faz parte da classe de moléculas denominadas Compostos Fosfatados de Alta Energia. E, consequentemente, uma elevada quantidade de energia é liberada quando ocorre a quebra das ligações fosfato da PCr.
Um dado interessante é que as células armazenam seis vezes mais PCr que ATP, o que demonstra a importância desse sistema de transferência de energia.
Como funciona o sistema da fosfocreatina?
Quando o ATP é hidrolizado, ocorre a formação de ADP. Este ADP pode ser rapidamente transformado em ATP pela transferência de um grupamento fosfato da PCr. A transferência do grupamento fosfato entre a PCr e o ADP não depende de oxigênio, portanto este é um sistema anaeróbio de resíntese do ATP. Como não ocorre produção de ácido lático nestas reações, o sistema também é conhecido como anaeróbio alático.
Contudo, o sistema da PCr só pode fornecer a energia necessária para a ressíntese de ATP por um curto período de tempo. Aproximadamente 05 a 08 segundos. Caso um exercício, por exemplo, ultrapasse essa duração, outros sistemas precisarão entrar em ação.
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